Djeff Afrozila abriu a
noite passada o palco principal do MEO Sudoeste. O Artista foi um dos seis
angolanos presentes no festival. Poucas horas antes de começar o show, o Dj, em
entrevista ao SAPO, revelou os seus planos para os próximos meses, falou sobre
as novas tendências na música de dança e garantiu que, apesar de andar pelo
mundo inteiro, Angola é a sua casa e de lá não irá sair tão cedo.
Hong Kong, Portugal, Itália, Bulgária, Austrália… Djeff Afrozila não pára e o seu afro-house está a correr os quatro cantos do mundo. Ontem, em Portugal, Djeff fez questão de parabenizar os músicos angolanos que têm apostado na internacionalização e destacou que "Angola no Sudoeste este ano esteve em grande".
Hong Kong, Portugal, Itália, Bulgária, Austrália… Djeff Afrozila não pára e o seu afro-house está a correr os quatro cantos do mundo. Ontem, em Portugal, Djeff fez questão de parabenizar os músicos angolanos que têm apostado na internacionalização e destacou que "Angola no Sudoeste este ano esteve em grande".
"Aproveito
para dar um ‘props’ a todos o pessoal que tem andando a fazer música angolana
pelo mundo: Anselmo, B4, os Zona 5, que estiveram aqui ontem, o Yuri da Cunha,
que também esteve aqui. Angola no Sudoeste este ano esteve em grande. O Nelson
Freitas (de Cabo Verde) também esteve aqui. Estamos todos de parabéns porque
estamos a fazer um trabalho espectacular. As pessoas estão a gostar, o feedback
está a ser muito positivo, portanto agora é só continuarmos a fazer o nosso
trabalho", diz o músico.
O DJ acrescentou
ainda que o facto é que "a música angolana está a crescer cada vez mais e
o mérito é todo para os músicos. Está a acontecer tudo muito rápido e também
temos de entender que, de se certa forma, Angola está na moda".
Djeff,
convidado para abrir o palco principal deste festival no passado dia 10, diz
que a sua presença no MEO Sudoeste é o reflexo daquilo que acontece quando são
as pessoas que validam o trabalho do artista.
"É
como se diz em Angola: a voz do povo é que manda. Se a música toca nas ruas,
mesmo que tu não queiras (ela cresce). O sinal é este: estou aqui no Sudoeste
pela segunda vez consecutiva (…). Vou tocar no mesmo dia que o David Guetta
(…). Melhor do que isso acho que não existe, por isso estamos num bom
caminho", afirma o Dj.
Quando
lhe perguntamos sobre o futuro do afrohouse, Djeff levanta o véu sobre aquilo
que absorveu na sua ida a uma conferência de DJ's em Miami e do feedback que
tendo tido daqueles que o rodeiam. "Isto está a mudar muito. Brevemente
vão surgir alterações que se calhar vão ser melhores para nós africanos. Essa
coisa da música comercial está a ser uma loucura agora, o EDM, mas na minha
opinião e face àquilo que fala o pessoal que me rodeia, tem-se notado que isto
está a virar um bocadinho para o tech. (O tech) é uma música que se calhar é um
bocado mais repetitiva, mas tem aquele beat mais pumping, mais groove, que é
similar ao nosso afro-house", diz o artista, salientando que os Dj's de
afrohouse estão num bom caminho para levar a sua música mais longe.
Djeff
deixa o recado: "Meus camaradas, vamos continuar o que estamos a fazer até
agora, vamos apostar em fazer afro-house mas com mais instrumentos, mais
musicalidade, e estamos no caminho certo".
No
que concerne os planos para o futuro, Djeff não promete lançar um disco este
ano, mas é certo que não ficará parado.
"O
álbum saiu agora, entretanto dentro da Kazukuta Records tenho o BZB, o primeiro
artista que vou lançar. A nível do Djeff, como DJ, tenho andando a fazer
remisturas para muitos artistas de fora", conta o artista, que lançou
recentemente o tema "Minha Vizinha" e tem já um outro na calha. Um
álbum de originais pode demorar mais tempo a chegar porque, diz Djeff, entre as
viagens e a recente paternidade, "o tempo para fazer música já não é tanto
como o que tinha antigamente".
Para
terminar a entrevista, perguntámos a este "cidadão do mundo" qual é o
sítio a que chama casa e a resposta foi clara: "O sítio a que eu chamo
casa é onde me sinto bem. Casa vai continuar a ser Angola, Luanda, sem dúvida. Foi
lá que começaram a reconhecer o meu trabalho, a começar a dar valor e a pôr o
meu nome no mundo. Foi lá que as coisas começaram a acontecer, portanto não vou
sair de Angola tão cedo", conclui.